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Posts Tagged ‘Constâncio’

Vitor Constâncio, o governador do BdP, tem uma virtude, nunca fala prevendo o futuro como, o cargo que exerce ao facultar-lhe acesso a informação fundamental sobre o estado da economia do país, se pressuporia. Todas as revelações do senhor são dadas quando toda gente as conhece por afirmações de multiplas origens responsáveis. Mas ao atrasar-se na comunicação ao país, ele não mente, omite e adia a verdade, e deixa que seja o PM Sócrates a mentir, embora pouco-a-pouco e prolongando o discurso da confiança nos amanhãs, como partidariamente lhe convém. Assim vai  intoxicando a população. Semeando ilusões e esperanças para um futuro que nunca surgirá melhor e desafogado.

 É um método, embora partidariamente (PS) correcto, que é no fundo prejudicial ao país e aos portugueses, visto as medidas a adoptar não contemplarem, o combater a crise a tempo e horas, mas minimizar a imagem da governação e adiar o mais possível a adopção de medidas eficazes. Chama-se a isto governar para ganhar eleições. Governar para agradar aos grandes senhores da economia e das finanças.

Numa óptica de politica de esquerda que o país necessita, para contrariar o rumo neo-liberalista que Sócrates incutiu na governação e incentivou ao país económico e financeiro, com os resultados à vista, merecem destaque algumas intervenções dos partidos de esquerda (PCP e BE) na AR e em convénios partidários ou sessões abertas à população, a alertarem para os perigos do desenfreado ataque que o governo desferia contra os direitos dos trabalhadores, contra o desemprego e contra a perda de poder de compra dos portugueses.

Quantas vezes ouvimos dirigentes do PCP dizerem que só com o aumento dos salários reais se aumentaria o consumo e, se aumentaria a produção, numa cadeia de interesses que só com uma politica de crescimento económico adoptada com meios estatais, mas bem garantidos,  pelo governo sustentaria.?

Sócrates, manteve-se na sua, não mexer no défice, apesar das recomendações de organismos internacionais. Agora, embora tardiamente, vem Constâncio dizer que entrámos em recessão e que para a combater é necessário subir o défice e estimular a economia. Isto é alargar o consumo. Sócrates é um PM incompetente para perceber o funcionamento da economia.bivolta-n-1

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Alan Greenspan descobriu agora que o seu sistema de mercado livre é tão falível como todos os outros. Na Comissão de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o economista que passou quase dez anos a comandar o FED defendeu-se ao dizer que sistema funcionou “excepcionalmente bem” durante largos anos.O referido Alan, demorou 40 anos a descobrir que a alta finança não se pode regular sozinha e que o lucro imediato nunca é o mais sustentado. Percebeu que o seu sistema é falível e que, em crise, os seus efeitos práticos são catastróficos. E vá de o Estado, com dinheiros públicos, salvar os banqueiros no país onde, dizem, a crise teve origem.

A economia de mercado vai continuar, mas com a cobertura dos mesmos Estados considerados pela alta finança e seus acólitos como um empecilho a abater, até à crise estoirar. Sem nunca reconhecerem que as suas riquezas se acumularam ao  abrigo de leis protectoras da sua actividade especulativa e fraudulenta.

Vão ser os contribuintes a pagar, os escandalosos estragos provocados pelos senhores da alta finança. Seguramente, com os seus lucros bem resguardados e sem que qualquer penalização lhes seja aplicada.

Quanto aos políticos (USA e EU) que “alimentaram” a gula, falam agora na necessidade de a “uma só voz” projectarem planos. Depois de já terem assegurado aos agentes, falidos ou em dificuldades, do sistema financeiro, a salvação dos seus bancos, a bem da economia e das famílias (dizem demagogicamente), que miseravelmente deixaram explorar, sem contemplações.

No nosso Portugal,onde reinava o optimismo, sobre a banca, o Governo, reúne ao domingo e anuncia a nacionalização do BPN. O ministro diz que é para salvar o sistema e que se trata de uma medida para garantir os depósitos. Já o presidente Constâncio do B. Portugal refere “operações clandestinas” como a origem da nacionalização e deixa o desejo, indicador do espírito da intervenção estatal de, após a nacionalização se proceda à venda do banco ou de parte dos seus activos, no sentido de “recuperar o esforço financeiro que vai ser feito para repor os níveis de solvabilidade do banco”. Isto apesar da decisão de nacionalização decorrer do facto de não ter sido

possível encontrar uma solução alternativa. O que foi

encarado pelo BPN como uma prova da má vontade contra o banco.

Mas afinal a crise até parece ser obra e graça da Santíssima Trindade e não obra de vigaristas da alta finança.  É de recordar que pelo BPN passaram ex-ministros, conselheiros de Estado, ex-secretários de Estado, magistrados, ex-polícias. E será normal perguntar se essas pessoas desconheciam, como disse Constâncio, as “operações clandestinas” do BPN? Se conheciam os factos e saltaram da carruagem? Se concordaram com estranhas operações, como a compra de quarenta milhões de moedas do Euro’2004, quadros de Miró e jóias egípcias?

Mais,e porque não foi dotada a “Operação Furacão” de meios eficazes para a descoberta de casos semelhantes?

Antes se aprovou um Pacto de Justiça (PS + PSD + CDS) que no dizer da autoridade investigadora contribuiu para a ineficácia de acções de penalização aos prevaricadores?

A grande evidência, vão ser os portugueses, mais uma vez, a suportar os prejuízos provocados por aldrabões de alto coturno.

Aguardemos mais novidades sobre o sistema financeiro nacional.

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