e atiram as coisas sérias para a reciclagem…
A inanidade das discussões públicas nos media corporativos portugueses é estarrecedora. Falam de tudo e mais alguma coisa, desde que não se trate de assunto sério. É assim que enchem o espaço com pequenas e médias corrupções (agora é o caso Freeport que está na moda, amanhã será outro qualquer), casamentos de gays, histerismos com o dito aquecimento global, futebol, a censura no carnaval de Torres Vedras e outros diversionismos quejandos. Mas da crise que abala o mundo capitalista só se fala para desinformar. E sobretudo negam-se as responsabilidades históricas do conluio PS-PSD quanto a situação em que está Portugal. Se hoje ainda estivesse em vigor a Lei de Delimitação dos Sectores (clicar aqui) , de 1977, Portugal estaria muito melhor preparado para enfrentar a crise pois disporia de um forte Sector Empresarial do Estado. Com a liquidação daquela lei pelos comparsas PS e PSD, e com as privatizações selvagens que se seguiram, Portugal está hoje à mercê das transnacionais. E quando estas resolvem encerrar as suas fábricas aqui (Opel, Qimonda, etc), pouco se pode fazer. Ridiculamente o sr. Manuel Pinho, ministro da Economia, disse que ia falar com o seu colega alemão para lhe pedir que mantivesse a Qimonda a funcionar, como se este último não estivesse a marimbar-se para o sr. Pinho.
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